sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

8 MITOS SOBRE A PROTEÍNA VEGETAL


1. As proteínas vegetais são incompletas.
Verdade: Alguns alimentos podem conter baixos valores de um ou mais aminoácidos específicos, mas a combinação de diferentes alimentos vegetais fornece todos os aminoácidos necessários em quantidades adequadas.

2. As proteínas vegetais não são tão boas como as animais.
Verdade: Proteínas vegetais podem ser iguais ou melhores do que proteínas animais. A qualidade depende da fonte da proteína vegetal ou sua combinação.

3. Diferentes proteínas vegetais precisam ser consumidas na mesma refeição.
Verdade: Os aminoácidos não precisam ser consumidos na mesma refeição e sim ao longo do dia.

4. Os métodos baseados em animais para determinar os valores de necessidade nutricional de proteínas são adequados para humanos.
Verdade: Esses métodos costumam subestimar a qualidade nutricional das proteínas, já que as necessidades de proteínas e a velocidade de utilização delas é muito diferente entre os animais e os seres humanos.

5. As proteínas vegetais não são bem digeridas.
Verdade: A digestibilidade pode variar de acordo com a fonte e o preparo da proteína vegetal. A digestibilidade da proteína vegetal pode ser tão alta quanto a de produtos de origem animal.

6. A proteína vegetal não é suficiente, sem a carne, ovo ou derivados do leite, para oferecer as necessidades humanas de aminoácidos.
Verdade: A ingestão de aminoácidos essenciais pode ser tranquilamente atingida utilizando-se apenas as proteínas vegetais ou uma combinação delas com as animais (ovos, leite e derivados).

7. As proteínas vegetais contêm os seus aminoácidos desbalanceados e isso limita o seu valor nutricional.
Verdade: Não há evidências de que esse balanço seja importante. O importante é que todos os aminoácidos sejam ingeridos ao longo do dia.

8. Existem aminoácidos na carne que não podem ser encontrados em nenhum alimento de origem vegetal.
Verdade: Todos os aminoácidos essenciais são encontrados em abundância nos alimentos de origem vegetal.

FRASE

"A civilização de um povo se avalia pela forma que seus animais são tratados."Humboldt

NA BOCA DE EINSTEIN

"Sou um fervoroso seguidor do regime vegetariano. Mais que nada por razões morais e estéticas. Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência da vida na terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana. A ordem de vida vegetariana, por seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de uma maneira tal, que melhorará em muito o destino da humanidade."

Albert Einstein

SUBSTITUINDO O OVO EM RECEITAS



"Eu não uso ovos, nem pra "dar liga".

Quibe, ao invés de fazer com PTS (proteína texturizada de soja), eu faço uma pasta com grão de bico ou de soja em grãos (cozinho, depois passo no processador). Daí no recheio eu coloco pts, tofu, lentilha, brócolis, escarola, às vezes ricota...

Hamburguer/almôndega de PTS eu faço o seguinte: hidrato, espremo beeeem, tempero e bato pelo menos metade da PTS no mini-processador até virar uma pasta. Misturo tudo de novo e daí, só acerto o ponto com um pouco de farinha de trigo (integral ou branca) mesmo.

Macarrão (massa fresca) eu faço usando farinha branca, sêmola, farinha integral, azeite, sal e água.

Em bolinho de mandioca, eu só processo a mandioca cozida, tempero e, se precisar, coloco um pouco de maizena.

Soufles/quiches eu faço com tofu. Crepes, eu só coloco água, óleo, farinhas (branca e integral ou branca e maisena), fermento em pó... Panquecas americanas é só farinha integral, maizena, leite vegetal, melado e fermento em pó.

Mas uma substituição que em bolos/bolinhos eu acabo usando de vez em quando é a linhaça. Você faz assim: bate as sementes no liquidificador até virar pó, daí guarda em um pote fechado no congelador. Quando precisar, tira 1 colher de linhaça moída, acrescenta 2 colheres cheias de água e espera uns 15 minutos. Daí coloca uma colher (chá) de extrato de soja ("leite de soja em pó") e usa no lugar de um ovo.

Outras substituições possíveis pra ovos são: biomassa (banana verde cozida e processada), lecitina de soja, tofu, banana madura amassada (só receitas doces) (normalmente é mais ou menos uma colher cheia pra cada ovo), batata cozida amassada... Em massas doces, tipo bolo, o melado (ou o mel, se você usar) ajudam no resultado final também.

Pessoalmente, eu acho que não tem um "substituto universal". Tem receita que eu nem penso nisso, tem umas que eu misturo várias coisas e outras em que um ingrediente tem um resultado melhor que outro. Não tenha medo de testar.

Pra pincelar massas eu uso um pouco de massa de tomate misturada com óleo e shoyu. Em receitas doces, uso melado. Pra bater em neve eu ainda não testei nada, mas acho que vai ser tofu soft, talvez com um pouco de polvilho doce.

Ah, sim, e adquira algum livro de culinária vegana (Cozinhando Sem crueldade, Delícias Vegetarianas, Culinária Vegetariana, A Soja no seu dia a dia, Lar Vegetariano... Tem vários), ajuda bastante a parar de pensar em como substituir ovo, mas sim em como combinar ingredientes, muitos com os quais não estávamos acostumados a lidar.

A TAL DA B12

Histórico

Vitamina B12 e cobalamina são sinônimos !!
Revisando a literatura médica, alguns pesquisadores demonstraram que em 1824 já existiam relatos de uma doença (anemia perniciosa), geralmente fatal em 1 a 3 anos após o seu diagnóstico.
A solução terapêutica surgiu apenas em 1926 quando George Minot e Willian Murphy demonstraram que a ingestão diária de uma dieta contendo bife de fígado levemente cozido levava a uma remissão da anemia após alguns meses.
A vitamina B12, ou Cobalamina, foi isolada pela primeira vez em 1948 simultaneamente nos Estados Unidos e na Inglaterra.
Em 1963 foram descobertas as primeiras funções metabólicas dessa vitamina.
Em 1979 as suas funções metabólicas foram elucidadas e a sua síntese concluída.
Desde o seu desenvolvimento histórico 2 prêmios Nobel foram recebidos devido a ela.


Para que serve essa vitamina ?
Resumidamente: para a formação do sangue, manutenção do sistema nervoso e funcionamento normal da vitamina B9 (ácido fólico).

As drogas que podem diminuir o estoque da vitamina B12 no corpo incluem:
antibioticos,
medicamentos contra o cancer,
anticonvulsivos,
medicamentos para controlar a hipertensao
medicamentos antiParkinson,
antipsicoticos,
medicamentos para tuberculose
anticoncepcionais
drogas para baixar o colesterol
e repor o potassio

A vitamina B12 pode ajudar na prevencao e/ou no tratamento de:Alcoolismo
Anemia Perniciosa
Artrite ( Reumatica )
Asma
Arterioesclerose
Cancer
Leucemia
Lupus
Dermatite ( Seborreica )
Fadiga
Esclerose Multipla
Neuropatias e Degeneracao neuromuscular

Possiveis fontes de vitamina B12

Normalmente a vitamina B12 e secretada no intestino delgado junto com a bile e outras secrecoes e reabsorvida, mas isso nao aumenta o estoque de vitamina B12 do organismo. Ja que pequena quantidade da vitamina nao e reabsorvida, e possivel que o estoque de vitamina B12 acabe se esgotando.

As bacterias do trato intestinal humano fabricam vitamina B12. A maioria dessas bacterias esta no intestino grosso. Aparentemente a vitamina B12 nao e absorvida no intestino grosso .

Algumas bacterias do intestino delgado produzem vitamina B12 . A quantidade de vitamina B12 produzida nao parece ser adequada para impedir a deficiencia da vitamina .

Pessoas que sao vegans ha muito tempo, bebes, criancas e mulheres gravidas ou em lactacao (por causa do maior consumo) devem tomar cuidado especial para conseguir vitamina B12 em quantidade suficiente.


Boas fontes vegans de vitamina B12 são:  Algas marinhas, a levedura nutritiva, Saccharomyces cerevisiae, que e um fermento alimentar cultivado em solucao de melado, vendido na forma de flocos ou po amarelo. Seu sabor lembra o do queijo. A levedura nutritiva e diferente do levedo de cerveja e da levedura seca.*A marca norte-americana de levedura nutritiva Red Star T-6635+ foi testada e comprovou-se que contem vitamina B12 ativa.Apesar da dificuldade de ingerir a vitamina B12 nas doses necessarias diariamente, a dieta vegetariana apresenta beneficios muito grandes para quem deseja ter uma vida saudavel. Segundo o Dr. Eric Slywitch, referencia nos estudos sobre vegetarianismo, a pessoa que se abstem das carnes, sejam elas brancas ou vermelhas, possui menor risco de ataques e doenças do coracao, tem menor incidencia de cancer, suas chances de adquirir diabetes sao 50% menores e a preocupacao com a obesidade e praticamente nula.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

GRAVIDEZ E VEGETARIANISMO


O embrião e o feto necessitam de energia para desenvolver-se no ventre da mãe. Esta energia é conseguida através do equilíbrio da alimentação materna. Muitas dúvidas persistem sobre a eficácia da alimentação vegetariana durante a gravidez – a suficiência de cálcio, proteínas, ácido fólico e de ferro na alimentação vegetariana de uma grávida suscita dúvidas freqüentes neste estado tão delicado que é a gravidez.

É importante ter consciência da relação entre a condição nutricional da mulher grávida vegetariana e o desenvolvimento do feto, pois há muito tempo que se sabe que a subnutrição da mulher grávida afeta negativamente as reservas nutricionais no seu organismo, o que implica o subdesenvolvimento do feto. Durante a gravidez, todas as necessidades nutricionais aumentam. No entanto, em termos calóricos, uma grávida precisa apenas de mais 300 quilocalorias (Kcal) extra (em relação à sua dieta anterior ao estado de gravidez) para satisfazer as suas necessidades energéticas. Durante esta fase, é importante escolher alimentos nutritivos que forneçam boas quantidades de fibras, minerais, vitaminas e proteínas, mas que, simultaneamente, apresentem baixas quantidades de gorduras e açúcares. As dietas vegetarianas baseiam-se na seleção de alimentos com as características acima referidas, apresentando-se como uma opção saudável também para esta fase da vida da mulher. O fato de estar grávida vai exigir um grande esforço ao corpo da mulher; no entanto, uma dieta vegetariana variada e equilibrada em nada prejudica a saúde da mulher grávida ou do feto. A maioria das mulheres vegetarianas grávidas apresenta ganhos de massa corporal dentro dos padrões considerados normais. Também os seus bebês apresentam massas corporais semelhantes a bebês de mulheres com dietas onívoras.

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NA BOCA DE PITÁGORAS

Uma das passagens mais antigas a favor de um vegetarianismo ético surgiu quando Ovídio, nas Metamorfoses pôs na boca de Pitágoras estas palavras:


"Que crime horrível lançar em nossas entranhas as entranhas de seres animados, nutrir na sua substancia e no seu sangue o nosso corpo! para conservar a vida a um animal, porventura é mister que morra um outro? Porventura é mister que em meio de tantos bens que a melhor das mães, a terra, dá aos homens com tamanha profusão, prodigamente, se tenha ainda de recorrer à morte para o sustento, como fizeram ciclopes, e que só degolando animais seja possível cevar a nossa fome? […] É desumanidade não nos comovermos com a morte do cabrito, cujos gritos tanto se assemelham aos das crianças, e comermos as aves a que tantas vezes demos de comer. Ah! quão pouco dista dum enorme crime! "


Este trecho de Ovidio reflecte os ensinamentos dos pitagóricos no primeiro século

TIPOS DE VEGETARIANOS

Vegetariano: o vegetarianismo inclui o veganismo e define-se como a prática de não comer carne (aves, peixe, ovelha etc.) nem seus subprodutos (bacon, salsicha, presunto etc.), com ou sem uso de laticínios e ovos. O vegetariano não come nada que implique em tirar a vida de um animal. O regime vegetariano não é, pois, exclusivamente vegetal e seu nome não se origina de alimentação vegetal e, sim, do latim vegetus que significa "forte", "vigoroso", "saudável". 
Subdivididos muitas vezes em ovo-lacto e lacto, os vegetarianos podem tentar ou não reduzir seu uso de produtos animais não alimentícios, como fazem os veganos. 

Ovo-lacto-vegetariano: não consome nenhum tipo de carne, mas inclui ovos e leite (e derivados, como queijo, iogurte etc.) em sua alimentação. Esta é a forma mais "popular" de vegetarianismo. 

Lacto-vegetariano: não consome nenhum tipo de carne, mas inclui leite e derivados do leite (laticínios).

Vegano:  os veganos excluem de sua alimentação todos os produtos de origem animal.  Além de carnes, peixes, aves, laticínios (leite, manteiga, queijo, iogurte etc.), excluem ovos, mel, gelatina etc. Os veganos evitam o uso de couro, lã, seda e de outros produtos menos óbvios de origem animal, como óleos e secreções presentes em sabonetes, xampus, cosméticos, detergentes, perfumes, filmes etc. 
O veganismo é mais um estilo de vida do que apenas uma opção alimentar. Esta opção é seguida como um princípio, pois é quase impossível ser 100% vegano, pois nesse caso o vegano não poderia ir ao cinema nem bater fotografias  (porque no filme tem gelatina), não poderia andar de carro ou de ônibus, porque os pneus contêm  produtos de origem animal, muitas vezes os bancos são de couro etc.
 
Veg: apelido resumido de vegetariano; costuma incluir os veganos.

Vegetariano estrito: originalmente o mesmo que vegano; agora pode significar vegano ou vegetariano.

Crudívoro: o crudivorismo admite apenas a ingestão de alimentos crus.

 
Frugívoro (ou frutívoro ou frutariano): sistema alimentar que admite apenas o consumo de fruas na alimentação.

 
Freegano - o freegano (uma corruptela deliberada da palavra vegano) come aquilo que encontra no lixo. Apesar de os freeganos serem mais radicais que os veganos ao se recusarem a comprar qualquer tipo de alimento, eles também são mais flexíveis, já que não têm objeções éticas a comer produtos animais que foram jogados fora. Eles querem evitar dar dinheiro àqueles que exploram os animais. Uma vez que um produto foi descartado, não faz diferença para o produtor se o alimento é consumido ou incinerado. Alguns freeganos continuam não gostando da idéia de comer um cadáver e – apesar de estarem dispostos a comer alimentos de latas de lixo – eles são bem informados sobre a contaminação fecal na carne e compreendem os riscos à saúde envolvidos em comer qualquer coisa que tenha passado por um abatedouro.